segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Exercicios apos cirurgia plástica


(FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA; NAO REPRESENTA PACIENTE REAL)

Muitos pacienes perguntam quando vao poder realizar novamente seus exercicios fisicos após a cirurgia plástica. Tudo depende de qual foi a cirurgia plástica.
Plastica de mama: geralmente deve-se esperar cicatrizar bem a mama para não "abrir" os pontos. Isso ocorre, em média, após 1-2 meses.
Abdominoplastia: 1-2 meses. Caminhada leve com 2-4 semanas.
Facelift: Exercicio leve apos 3-4 semanas.
Rinoplastia estruturada: Caminhada leve com 3-5 dias. Exercicios com peso apos 3-4 semanas.
Rinoplastia e plastica de nariz secundaria: Igual a rinoplastia comum, mas deve-se levar em conta se ocorre dor no torax (caso se utilizou costela como enxerto).
Otoplastia: Apos 3-5 dias.
Implante de mama: Caminhada leve com 3-5 dias. Exercicios com peso apos 3-4 semanas.
Lipoaspiracao: Caminhada leve com 3-5 dias. Exercicios com peso apos 3-4 semanas.


ATENÇÃO: Não tenha essas informações como verdade absoluta pois cada cirurgia deve ser avaliada pessoalmente pelo médico que realizou o procedimento. Apenas este profissional poderá orientar de maneira individualizada a sua liberação para esportes.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

QUANDO A CIRURGIA PLÁSTICA NÃO PODE AJUDAR?

A CIRURGIA PLÁSTICA PODE AJUDAR, MAS NÃO EM TODOS OS CASOS



As técnicas e cirurgia plática modificam positivamente muitas alterações indesejadas mas é preciso ter ciência do que é (ou não) possível melhorar.
A cirurgia plástica estética é perfeita, por exemplo, para afinar uma parte do corpo falho; muitas vezes o sucesso no resultado repercute com um bônus de auto-estima. "É verdade que a cirurgia plástica pode afetar profundamente como as pessoas pensam e se relacionam com o mundo ao seu redor", diz Dr. Patrick Hudson.
A maioria dos pacientes de cirurgia plástica - cerca de 90%, de acordo com um estudo recente - estão bem satisfeitos com seu novo visual.
Ao ajudar as pessoas a se orgulharem de sua aparência, a cirurgia estética pode melhorar suas perspectivas de dia-a-dia da vida. Aumento de mama, em particular, "pode ​​ser ligado à psique", Hudson diz, "e pode produzir mudanças mais dramáticas na vida das pessoas." Dr. Hudson viu nova confiança dos pacientes traduzir em melhoria de vida-grandes passos: encontrar novos postos de trabalho ou de relações, ou deixando os insatisfatórios. Muitos de seus pacientes retornaram à escola após a cirurgia para melhorar  seu grau universitário.
A mudança cosmética não é um caminho mais curto para uma vida sexual melhor, segundo Dr. Hudson. Mais quatro coisas a cirurgia plástica não pode fazer por você, dizem os médicos que querem definir o recorde reta:
-“Tirar você de grandes alterações emocionais”. Um período emocional ou cheio de stress é o pior momento para passar por uma operação cosmética, e se você está propenso a mudanças de humor ou abuso de drogas ou álcool, não considere a cirurgia estética.
-“Substituir a sua face e ficar igual a uma celebridade”. Suas características faciais e estruturas ósseas são exclusivas para você e portando você não pode ter aspirações irrealistas de conseguir o rosto de George Clooney, narizda Nicole Kidman ou o corpo da Halle Berry.
-“Corrigir um relacionamento por agradar um parceiro”. A cirurgia plástica é sobre os pacientes - fazendo-os sentir melhor sobre si mesmo - e é uma má aposta para a recuperação de uma relação que não está indo bem.
-“Mudar sua aparência com risco zero”. Toda cirurgia tem riscos, mas minimiza-se os mesmos escolhendo bem o seu médico e hospital.

O Dr. Wulkan concorda com o Dr. Hudson e enfatiza que todo paciente deve passar em consulta particular para tirar suas dúvidas.



segunda-feira, 21 de julho de 2014

Confira as 10 dúvidas mais frequentes sobre rinite alérgica



OS 10 FATOS QUE VOCE PRECISA SABER SOBRE RINITE ALÉRGICA

A alergia é uma resposta exagerada do organismo a determinados produtos físicos, químicos ou biológicos. A alergia pode ser a uma ou mais substâncias aparentemente inocentes pois para outras pessoas não causa qualquer tipo de alteração. Essa reação exagerada pode ser decorrente de inalação, ingestão ou contato com o causador da alergia (alérgeno).
Entre os tipos mais comuns de alergia está a rinite alérgica, que afeta até 30% da população (alguns relatos científicos apontam até maior incidência populacional mas é difícil saber precisamente). A alergia tem sua intensidave variável ao longo do ano  e tende a ser crônica, ou seja, se manifesta com crises frequentes. Por ser uma resposta inflamatória da mucosa (“pele interna do nariz”) a mucosa reage quando entra em contato com os alérgenos, tais como, poluição, carpetes, mofo, ácaro, animais, aspectos da moradia, vida sedentária, ambientes com ar condicionado, etc.
Vamos falar agora os 10 fatos mais importantes para quem tem rinite alérgica.

1.Toda rinite é alérgica? Não. Em primeiro lugar não devemos confundir a simples rinite com a rinite alérgica. A rinite apresenta no paciente sintomas de coriza, espirros, coriza hialina (secreção transparente) e obstrução nasal. A rinite alérgica tem como característica uma inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face com a presença de eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos) e IgE (um tipo de Imunoglobulina).
A não alérgica pode se apresentar de diversas formas porém sempre com a mesma inflamação da mucosa e com a presença de neutrófilos (é um outro tipo de glóbulo branco que ajuda na defesa do corpo); na simples rinite não observamos a presença de eosinófilos ou  aumento de IgE.

2. Ela é contagiosa? A rinite alérgica não é contagiosa. Normalmente, existe uma história familiar de rinite, ou seja, é hereditária.Sabe-se que quando os pais têm rinite alérgica, o filho tem 80% de chance de ter rinite alérgica também. Pode também estar relacionada com condições precárias de moradia.

3.Quais os principais sintomas e tipos?  Espirros, coriza hialina (secreção transparente) e obstrução nasal são os mais comuns, porém, podemos ainda observar lacrimejamento, olhos vermelhos. Com menos frequencia pode-se ter também perda do olfato e do paladar, congestão em face, halitose e tosse. Os tipos mais frequentes da rinite alérgica são: sazonal (intermitente) - sintomas presentes por menos de 4 dias por semana - ou persistente - sintomas presentes por mais de 4 dias na semana. Pode ser dividida também em: Leve, quando os sintomas atrapalham, mas não incomodam muito nas seguintes áreas: sono, atividades diárias, lazer e esporte, escola ou trabalho; e de Moderada a Severa, quando os sintomas incomodam muito nas áreas afetadas.

4. A rinite alérgica fica mais intensa em alguns períodos do dia, como manhã e noite? Sim, porque são nesses periodos que as pessoas estão mais expostas a algum alérgeno (algo que desencadeia os sintomas) em sua casa, como pó, pelo de animal, fungos (umidade), ácaro, carpetes, etc.

5.Quais os agentes externos que pioram os quadros de rinite? Os mais comuns entre são os ácaros, fungos, pólen, saliva e secreções de cães e gatos e, ainda, resíduos de insetos. Outras substâncias como, poluentes e tabaco, deixam o nariz mais sensível e susceptível a crises alérgicas.

6. Quais são as dicas de prevenção das crises de rinite alérgica e quais os tratamentos mais indicados?  Prevenção é sempre é o “melhor remédio”, portanto as orientações são: - retirar de casa tapetes, carpetes, cortinas, bichos de pelúcia, livros e tudo que não for de uso constante. O quarto deve ter o mínimo de coisas possíveis. Os melhores dormitórios são ensolarados durante o dia. Nesta hora é sempre bom deixar a janela aberta para arejar o ambiente. Na hora da limpeza, use somente pano úmido e/ou aspirador (não use vassoura para não espalhar a sugeira).  Pacientes com alergia não devem ter animais de estimação. Se o amor aos animais for incondicional e não conseguir ficar longe deles, dê banhos semanais e evite, ao máximo, o contato direto e a circulação nos dormitórios. Dê preferencia aos animais que não soltam pêlo.  Evite áreas de umidade ou mofo. Em períodos de frio, usar edredon ao invés de cobertor. Não use roupas de lã mas sim materiais sintéticos ou de algodão. Em relação ao tratamento, cada caso deve ser avaliado individualmente, para que a terapia prescrita seja adequada ao perfil do paciente. Dentre as opções existem: lavagem nasal com soro fisiológico; sprays nasais de corticóide; antihistamínicos orais ou nasais; antileucotrienos; corticóides orais e vacina sublingual ou subcutânea. O otorrinolaringologista e alergista pode ajudar no tratamento.

7. Os sintomas da rinite tendem a piorar em pessoas que possuem alterações anatômicas nasais, como desvio de septo? Pacientes que têm rinite e desvio de septo costumam se queixar mais de nariz entupido do que os outros, podendo precisar de cirurgia para correção. Outras alterações anatômicas podem predispor a sinusite crônica e de repetição quando associadas à rinite alérgica.

8. Uma pessoa que tem rinite e trabalha num ambiente com ar condicionado constante deve manter que atitudes para evitar uma crise alérgica? A dica para quem trabalha em ambiente com ar condicionado é fazer lavagem do nariz com soro fisiológico, pelo menos 2 vezes ao dia, além de tomar muito cuidado com variações bruscas de temperatura. Outra dica é usar umidificador de ar ou manter recipientes com água espalhados no ambiente.

9. A rinite pode evoluir para uma sinusite? Sim. Nesses casos, trata-se da rinossinusite alérgica, uma vez que o nariz e os seios da face são cobertos pela mesma mucosa e ficam acometidos da mesma maneira pela alergia. A sinusite que é conhecida de muitos pode ser tanto esta sinusite alérgica causada pelo quadro de rinite ou, ainda, pode ser uma sinusite bacteriana crônica causada por uma rinite que não foi tratada adequadamente - ocorreu um acúmulo de muco nos seios da face, que foi colonizado por bactérias. Neste caso, deve ser realizado um tratamento específico para a sinusite e depois um controle da rinossinusite alérgica.


10. A rinoplastia pode ser a causa a rinite? A ciruriga plástica de nariz não é a causa da rinite pois observamos que isso decorre de caraterísticas individuais. No entanto, quem tem rinite e faz a rinoplastia pode apresentar crise de alergia nos primeiros dias ou semandas da cirurgia pois a mucosa do nariz está mais inchada e sensível. Portanto, quem faz uso de medicamentos para alergia deve manter o uso antes e depois da cirurgia plástica de nariz.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Infecções em cirurgias-gastos nos EUA x cobertura de convênio no Brasil

Apesar da implementação generalizada de iniciativas de melhoria da qualidade , estima-se que 9,8 bilhões dólares são gastos anualmente para tratar infecções hospitalares, de acordo com um estudo publicado on-line de Medicina Interna no JAMA.

Das 5 piores infecções, as  infecções de sítio cirúrgico contribuiem mais para os custos totais (33,7% ) , seguido por pneumonia associada à ventilação mecânica ( 31,6%) , infecções da corrente sanguínea associadas a linha central (18,9% ), infecções por Clostridium difficile ( 15,4% ) , e associada a cateter infecções do trato urinário (<1 %).

Para estimar os custos associados com as infecções hospitalares mais importantes , Eyal Zimlichman , MD, MSc , do Hospital Brigham and Women e Harvard Medical School , Boston , Massachusetts , e colegas realizaram uma meta -análise de 26 estudos publicados entre 1998 e abril de 2013 , ajustando os custos de 2.012 $ . Estimativas de incidência de foram obtidos a partir da Rede Nacional de Segurança de Saúde dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) .

" Como uma das fontes mais comuns de danos evitáveis ​​, infecções associadas aos cuidados podem representar uma grande ameaça para a segurança do paciente ", escrevem os autores.
Eles observam que avaliar os custos associados podem ajudar os provedores e pagadores e justificam o investimento em estratégias de prevenção , especialmente se as companhias de seguros se recusam a pagar a guia .

" Não pagar por infecções hospitalares é uma parte importante do movimento em direção a pagar por qualidade e não quantidade ", diz Mitchell H. Katz , MD , diretor, Los Angeles County Departamento de Serviços de Saúde , na Califórnia , concorda em um editorial de acompanhamento .
O estudo foi patrocinado pelo Instituto Médico Texas of Technology, Austin, como parte de uma doação de promover a investigação sobre a segurança do paciente . Os autores e editorialistas não declararam relações financeiras relevantes.


Consideramos este estudo relevante e um lembrete que em todas as cirurgias, mesmo em plástica estética, corre-se o risco de infecções. Todo paciente precisa estar ciente disso e, caso tenha convênio médico, certificar-se que o mesmo cobre intercorrencias como infecções, sangramentos e internação em unidade de terapia intensiva (UTI). 

terça-feira, 19 de março de 2013

Estudo examina a cirurgia combinada de queixo com plástica de nariz.


Estudo examina a cirurgia combinada de queixo com plástica de nariz.



Para pacientes que consideram a cirurgia plástica para corrigir o seu perfil facial, mudar o nariz (rinoplastia) e o queixo ao mesmo (mentoplastia)  tempo pode trazer resultados mais satisfatórios, segndo pesquisa de médicos italianos.
"Nós podemos com certeza melhorar o perfil facial com resultados estáveis ​​apenas com a rinoplastia, mas a associação com mentoplastia é fundamental e necessária para alcançar o melhor resultado estético", disse o pesquisador Dr. Dario Bertossi, professor associado do departamento de cirurgia da Universidade de Verona.
A relação de nariz com o queixo/pescoço determina uma face  "esteticamente proporcional" , segundo os autores no estudo. É por isso que alguém que tem um "nariz de sucesso” ainda pode acabar com uma face que não tem proporções agradáveis.
A cirurgia de combinação é muitas vezes a melhor solução, especialmente para as pessoas que aumentam um queixo pequeno (microgenia), acrescentam os autores.
Realizar os dois procedimentos ao mesmo tempo  faz sentido na opinião do Dr. Jeffrey Salomon, professor assistente clínico de cirurgia plástica da Universidade de Yale School of Medicine em New Haven, Connecticut.  Reduz os custos gerais do paciente e evita um segundo procedimento e período de recuperação, de acordo com o Dr. Salomon.
Para o estudo  publicado online em março no jornal JAMA Facial Plastic Surgery, o grupo de Bertossi  seguiu 90 pessoas que tiveram seus narizes e queixos operados  simultaneamente entre janeiro de 2002 e janeiro de 2004.
Ao longo de três anos de acompanhamento, os pesquisadores descobriram que quase metade (45,6%) dos que tiveram o queixo reduzido, não ocorreram alterações subseqüentes no queixo novo.
Para aqueles que tiveram aumento no queixo, 52% mantiveram um perfil  "estável" nos  três anos depois da cirurgia.
Salomon apontou que cada uma dessas cirurgias não carregam algum elemento de risco. O Dr. Marcelo Wulkan, cirurgião plástico com doutorado pela USP e membro da Rhinoplasty Society discorda um pouco. “Considero a cirurgia plástica de nariz a mais difícil da cirurgia plástica; cada milímetro faz diferença. É verdade que a relação estética da projeção da ponta para com o queixo é importante, mas as indicações das duas cirurgias deve ser sempre bem avaliada pelo médico”, explica Dr. Wulkan.
Cirurgia de nariz pode ser mais problemática do que a cirurgia do queixo. "É decididamente mais difícil de obter resultados de rinoplastia bons comparados com mentoplastia", disse Salomon.
A cirurgia do queixo pode envolver implantes ou apenas procedimentos ósseos. Cada cirurgia tem seus prós e contras. Cabe ao médico explicar em detalhes eventuais riscos para que o paciente compreenda e escolha qual a melhor opção para seu caso. “A plástica de nariz bem feita é aquela que não chama atenção, além de proporcionar sempre que possível uma melhora na respiração”, finaliza o Dr. Wulkan.

sábado, 8 de dezembro de 2012





A cirurgia de contorno corporal após a cirurgia bariátrica pode ajudar os pacientes a manter uma melhoria a longo prazo na qualidade de vida percebida, segundo estudo recente publicado na revista médica Plastic and Reconstructive Surgery.

Pesquisadores Universidade de Utrecht e Antonius Hospital St. na Holanda descobriram que a percepção do paciente da qualidade de vida após a cirurgia bariátrica foi significativamente melhor em seis dos sete domínios do que era antes da cirurgia.

Os investigadores mediram a qualidade de vida em 33 pacientes pós-cirurgia bariátrica em quatro e sete anos após a cirurgia plástica de contorno corporal - uma média de 11 anos após a cirurgia bariátrica - e retrospectivamente antes de contorno corporal. É o primeiro estudo de análise de longo prazo das percepções de qualidade de vida de uma população relativamente grande de pacientes pós-cirurgia bariátrica.

Os pesquisadores observaram uma pequena deterioração na qualidade de vida entre os quatro e sete anos de seguimento. O declínio pode ser devido ao fato dos pacientes se acostumarem  ao aspecto da pele melhorada, a realidade de que a cirurgia plástica atuou  menos do que o que esperado, e novo ganho de peso, de acordo com os autores do estudo.

A cirurgia reconstrutiva é um componente valioso de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento da obesidade mórbida, no entanto, os cirurgiões devem ter a certeza de oferecer resultados realistas e ampla informação sobre os pré-operatórios visto a limitação da cirurgia de contorno corporal e evitar expectativas pouco realistas dos pacientes, conforme concluíram os autores.

No Wulkan-Hurwtiz Center for Plastic Surgery, tanto na unidade de Pittsburgh-EUA como em São Paulo, a uniformidade do tratamento visa fornecer resultados realistas, sempre priorizando a segurança do procedimento. Nas consultas pré-operatórias, informamos sobre nutrição, cuidados clínicos, cicatrizes e tudo que é necessário para se ter uma boa evolução da plástica pós obesidade. Leia mais em www.totalbodylift.com.br

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre Cirurgia Plástica





Superior Tribunal de Justiça – Cirurgia Plástica

Superior Tribunal de Justiça decidiu que a mera insatisfação do paciente com o resultado cirúrgico não autoriza a indenização. Ainda que perdure a viciosa conceituação e divisão da Cirurgia Plástica em “estética e corretiva”, prevalece a responsabilização do médico calcada na culpa (negligência, imprudência e imperícia).

São Paulo, 24 de outubro de 2012.



Notícias

23outubro2012
RESULTADO BOM

Paciente insatisfeita com cirurgia não será indenizada

A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça afastou a responsabilidade de médico por conta de insatisfação de paciente que passou por cirurgia de redução de mamas. O procedimento foi considerado de natureza mista — estética e corretiva — e os ministros entenderam que não ficou comprovada imperícia do profissional, de modo que o dano alegado pela autora seria decorrente de fatores imprevisíveis e inesperados. Além disso, a mera insatisfação da paciente com o resultado não autoriza a indenização.
A paciente, empregada doméstica, entrou com ação contra o hospital e o médico responsável pelo procedimento. Ela pediu indenização por dano estético, material e moral, decorrentes de suposto erro médico. Sustentou que teve dores no braço e na mama direita após a cirurgia, o que a impedia de trabalhar.
Ela disse ainda que passou por um segundo procedimento, sete meses após a primeira cirurgia, porém o problema da dor e inchaço na mama direita não foi solucionado. A partir daí, teria passado a conviver também com cicatrizes grandes e excesso de pele na mama direita, trazendo abalo emocional e problemas no relacionamento afetivo.
ResponsabilidadeA indenização foi rejeitada no primeiro grau, porém o Tribunal de Justiça do Paraná inverteu a sentença. A corte local entendeu que o médico era responsável pelo resultado frustrado da cirurgia, uma vez que se tratava de procedimento com finalidade estética, além de terapêutica.
Por isso, para o tribunal estadual, a obrigação do médico era de resultado, ou seja, o profissional tinha o dever de apresentar um resultado satisfatório à paciente. O procedimento não seria, assim, uma obrigação de meio, quando se exige apenas empenho do médico em atingir tal resultado. O médico recorreu.
No STJ, o ministro Raul Araújo afastou o entendimento do TJ-PR. O relator afirmou que “é necessário ter coerência com o exame das provas dos autos, responsabilizando o profissional se ele realmente errou grosseiramente ou foi omisso, e não com a argumentação simplista de que sua obrigação seria de resultado, presumindo-se a culpa.”
Após a primeira cirurgia para redução da mama, a paciente passou a reclamar de dor. Constatou-se, então, patologia mamária benigna antecedente como provável causa do problema. Ela foi, então, submetida à nova cirurgia, para remoção do nódulo, que causou cicatriz maior.
Para o ministro, “percebe-se a tênue fronteira entre o erro médico e a mera insatisfação do lesado. Porém, se o resultado ficou aquém das expectativas da paciente, isso não quer dizer que houve falhas durante a intervenção”. A remoção do nódulo teria exigido maior exploração cirúrgica, para buscar a origem da dor.
Natureza mistaO ministro Araújo analisou a responsabilidade do médico de forma fracionada pela natureza mista do procedimento (com finalidades terapêuticas e estéticas), sendo de resultado em relação à sua parcela estética e de meio em relação à sua parcela reparadora.
Quanto à natureza estética do procedimento, o relator julgou que o laudo pericial é categórico ao afirmar que, nas duas cirurgias feitas pelo réu, foram observadas todas as técnicas necessárias e adequadas.
Abandono do tratamentoAlém disso, o ministro considerou positivo o fato de o médico ter encaminhado a paciente a três especialistas após as reclamações de dor, demonstrando comprometimento com a elucidação do quadro clínico apresentado. A paciente também deixou de fazer os retoques para correção da cicatriz resultante da segunda cirurgia, que extirpou o nódulo.
Em seu voto, o ministro mencionou conclusão da perícia, que constatou que o aparecimento do nódulo não poderia ter sido previsto ou controlado pelo cirurgião, pois resultou de uma resposta do organismo da paciente, que, na cicatrização, produziu uma trama fibrosa mais intensa na mama direita.
Causa excludenteCom base nisso, ele afirmou que “é evidente, portanto, que o aparecimento do nódulo é causa excludente da responsabilidade do médico, pois incontroverso ser fator imprevisível e inesperado, o que rompe o nexo causal entre a conduta do profissional e o suposto dano”.
Quanto à obrigação de meio, relativa às finalidades terapêuticas da cirurgia, o ministro afirmou que “igualmente não há nos autos comprovação alguma de falha técnica do médico ou de que este não cumpriu o seu mister”. O relator citou trecho da perícia atestando o sucesso do procedimento: “O resultado da mastoplastia redutora foi atingido em relação à redução do volume da mama”, dizia o documento.
Na opinião do perito, o resultado estético foi bom. Todavia, segundo ele, o resultado estético buscado pela paciente não era o bom ou satisfatório, e sim “o muito bom ou excelente”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
Revista Consultor Jurídico, 23 de outubro de 2012


É importante, acima de tudo, sempre existir ma boa relação do médico e seu paciente, com real atenção e cuidado em todo o atendimento. O médico não consegue interferir em características biologicas pessoais de cada paciente mas pode interceder em seu favor se observar alguma evolução não desejável, principalmente no pós operatório imediato. Por isso, penso que o melhor é escolher um cirurgião que tenha experiência e empatia pelo paciente pois ambos estarão juntos por, usualmente, pelo menos um ano.