Existem várias causas anatômicas para a ponta nasal larga. A ponta nasal bulbosa (larga) aparece como um arredondamento amplo da área da crura lateral das cartilagens laterais inferiores (área lateral das cartilagens alares que são as definidoras do tamanho e forma da ponta nasal). Nesses casos, é comum observar a ponta nasal larga com fortes e amplas cartilagens laterais inferiores. A ponta nasal bulbosa também tem o seu aspecto determinado pelas fortes configurações de uma região da ponta nasal chamada “domus” (“joelho da cartilagem alar”).
Divergência excessiva de comprimento da crura média pode também contribuir para uma ampla aparência da ponta, ficanco com a aparência de um “quadradão”. Do ponto de vista basal, uma configuração trapezoidal ou retangular da ponta pode ocorrer devido a um ângulo aumentado de divergência da crura medial.
A fraca estrutura cartilaginosa e a pele da ponta nasal espessada criam uma ponta nasal larga com pobre definição em alguns pacientes. Isso é comum em pacientes de origem asiática ou africana e podem ser muito difíceis de corrigir. Por vezes, uma combinação de pele muito espessa e cartilagem forte pode contribuir para a ponta nasal larga. Isto também resulta no fato de que embora o cirurgião plástico possa esculpir as cartiagens, a pele espessa não consegue se remodelar e se redistribuir adequadamente; é como se ela “sobrasse” e não conseguisse abraçar a nova escultura feita nas cartilagens.
A tríade de pele fina, cartilagem forte e bifidez da cartilagem lateral inferior é importante. Cuidados especiais devem ser tomados para evitar excesso de retirada de crura lateral em pacientes com uma ponta bulbosa com esta tríade anatômica. Grande atenção deve ser tomada também para se alcançar bons resultadosem pacientes com cartilagem fina e lisa. Caso contrário, os pacientes com essa tríade estão em risco especial para a formação de outro tipo de deformidade que vamos citar em outra oportunidade em mais detalhes.
Cada configuração anatômica tem soluções diferentes. Não existe uma “receita” única em rinoplastias, especilamente para os médicos que realizam de rotina rinoplastia estruturada. O cirurgião experiente escolhe algumas abordagens e estratégias operatórias dentre uma variedade de técnicas, dependendo principalmente das características anatômicas individuais de cada paciente.
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