ESTUDOS COMPROVAM: APÓS LIPOASPIRAÇÃO, EXERCÍCIOS AJUDAM A
MANTER A GORDURA “LONGE”.
A lipoaspiração, geralmente considerada como a mais popular cirurgia
cosmética no mundo, envolve a aspiração de células de gordura no subcutâneo, ou
seja, logo abaixo da pele. Mas para
obter benefícios duradouros, um novo estudo sugere que as pessoas precisam se exercitar. Caso
contrário, arriscam-se a recuperar a gordura perdida durante a cirurgia e a
gordura se redistribui novamente.
Para o novo estudo, que aparece na edição de julho do The
Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, os pesquisadores da
Universidade de São Paulo recrutaram 36 mulheres saudáveis, com idades entre 20
a 35 que não se exercitaram regularmente durante os seis meses antes do início
do estudo. Todos eram do peso normal, mas de bom grado foi ofericido aos
pacientes que se retirasse dois e meio a três quilos de gordura através da
lipoaspiração.
Apesar da popularidade do procedimento, existem dúvidas há
vários anos que não se pode reduzir permanentemente as lojas corporais de
gordura. Cirurgicamente extirpando bolsas de gordura de roedores, por exemplo,
quase sempre acabava em troca a gordura, ou seja, depois de alguns meses ou um
ano, embora nem sempre na mesma área de onde foi removida.
Em vez disso, os animais, muitas vezes ganham gordura dentro
de seus abdomens, criando o que é conhecido como gordura visceral, um tecido
gorduroso que fica ao redor de órgãos, produzindo e liberando substâncias
bioquímicas conhecidas por aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes. Em
vários estudos, a gordura visceral tem sido demonstrada ser significativamente
mais fisicamente prejudiciais do que a gordura subcutânea.
Existe a dúvida se lipoaspiração pode levar o organismo a
produzir mais gordura visceral. No ano passado, em um estudo pioneiro realizado
por pesquisadores da University of Colorado no Denver Campus Medical Anschutz,
mulheres que tinham feito lipoaspiração na gordura subcutânea em coxas e
abdômen recuperaram toda a gordura dentro de um ano, e parte dessa nova gordura
foi da variedade visceral.
"A mensagem de nosso estudo foi que a gordura corporal
é muito bem defendida", diz o Dr. Robert H. Eckel, professor de medicina
na Universidade do Colorado, Denver, que supervisionou o estudo.
Os resultados do estudo da USP foram semelhantes, com uma
torção significativa. Nos primeiros quatro meses após a cirurgia, metade das
mulheres tinha recuperado a gordura, especialmente gordura visceral. Eles
tinham, de fato, aumentaram seus estoques de gordura visceral em cerca de 10%,
em comparação com antes da cirurgia.
Os que ganharam gordura também tiveram espontaneamente, sem
qualquer intenção ou desejo de fazê-lo, diminuição nas suas atividades
cotidianas. Eles estavam se movendo menos do que antes da cirurgia, e isso,
especulam os investigadores, quase certamente contribuiu para o ganho de
gordura visceral.
Metade do grupo, no entanto, não detectou estes efeitos
indesejáveis. Estas foram as mulheres que haviam sido designados para começar a
se exercitar. Durante quatro meses após a sua cirurgia, essas mulheres
trabalhavam fora três vezes por semana com sessões de exercício supervisionado,
caminhando ou correndo em uma esteira por cerca de 40 minutos.As mulheres que se
exercitaram posteriormente recuperaram pouca gordura e nenhuma gordura visceral
nova.
A lipoaspiração, conforme consluem os autores do estudo pode, potencialmente, "desencadear um
aumento compensatório de gordura visceral, que é efetivamente combatido pela
atividade física."
A lição é clara. "Acreditamos que para a pessoas que se submetem à
lipoaspiração, é muito importante, se não essencial, que se exercite após a
cirurgia", diz pesquisadora sa USP.
Dr. Eckel, da Universidade de Colorado enfaticamente
concorda. Os estudos em animais em seu laboratório, diz ele, têm mostrado que o
exercício após a perda de gordura, se a perda é conseguida através da
lipoaspiração ou da dieta, permite que o cérebro redefina a sua noção de quanto o corpo deve pesar - do
que peso, em outras palavras, deve ser defendida.
O exercício também estimula o corpo a contar mais com
gordura como combustível. "A gordura que é queimado", ressalta ele,
"não é armazenada. É muito simples. "
O Wulkan-Hurwitz Center for Plastic Surgery sempre orientou
seus pacientes nutricionalmente e quanto aos hábitos de vida saudáveis,
incluindo exercícios antes e após as cirurgias de contorno corporal, tal como
ocorre na lipoaspiração, lipoescultura, lipoenxertia estruturada e outras. Com
base nesses novos estudos, mantemos nossa orientação de sempre, enfatizando que
a saúde clinica global é mais importante que o aspecto estético final. A saúde
deve ser respeitada e agora, mais do que nunca, temos provas científicas disso.
A plástica continua sendo uma ótima opção para se retirar excesso de gordura
localizada e enfatizamos que para se manter os resultados e saúde, os
exercícios monitorados juntamente com uma boa nutrição devem sempre ser coadjuvantes
no processo de recuperação da cirurgia.